Dentro de mim
Meu corpo morre
A lágrima corre
Quantas vezes eu já estive aqui?
Parece um inferno, um cemitério
Onde minh'alma habita
Tentando desvendar o mistério
Sinto o peso
Pareço ileso
Mas é mera falta de luz que não reflete
Eis o meu Verno*
Puro inverno
D'onde devo cair
Me deixe a sós
Não queiro que minhas sombras
Nos amarrem (nós)
E sem sorrir
Deixar de existir
Melhor assim:
Caindo, sumindo
Enquanto a vida vai se exaurindo
Extermínio de mim.
*Monte Grego.